E você? O que pensa dessa prática? Já pensou em adotar algumas estratégias de atenção plena no seu trabalho? Nos próximos textos comentaremos sobre outros aspectos práticos do Mindfulness.
Por: Igor Niemeyer
27/06/201915:07- atualizado às 09:43 em 04/07/2019
O mundo dos negócios sempre foi competitivo e bastante estressante. Novos projetos, novas cobranças. Prazos curtos, responsabilidades largas. Sempre há algo para nos deixar alertas ou nos tirar do foco. Ou até mesmo para nos desestabilizar.
Com o avanço dos estudos sobre Organizações e Administração, notou-se uma necessidade de cuidado com a saúde do trabalhador, tanto física quanto mental, especialmente por conta desses estresses típicos do ambiente corporativo. Com o passar dos anos, desde as primeiras grandes organizações fabris, pesquisadores como Abraham Maslow (Pirâmide de Necessidades, 1943) e William Deming (14 Pontos da Gestão, 1986) mostraram a importância do bem-estar para o bom desenvolvimento dos funcionários.
Nas últimas décadas, pesquisadores de diferentes universidades no mundo8,9,10,11 têm se debruçado sobre os efeitos da meditação e das práticas de atenção plena sobre nossas vidas. Redução do estresse1,3,4, controle de ansiedade², promoção da saúde emocional4,5, aumento da atenção6, melhoria na qualidade do sono7 são alguns dos benefícios pontuados. De olho neles, os mais distintos ambientes corporativos vêm adotando programas de Mindfulness. Do Google ao banco Goldman Sachs – em outras palavras, do Vale do Silício a Wall Street.
Com o reconhecimento de que estar presente, atento, perceber a respiração, as sensações e os pensamentos são atitudes que impactam diretamente na qualidade do trabalho, na produtividade e na saúde do trabalhador, não é de se espantar o entusiasmo dos empregadores com a atenção plena. A tendência é que os programas de Mindfulness aumentem ainda mais e que cada vez mais pessoas, em ambientes formais e informais, beneficiem-se dessas práticas.
E você? O que pensa dessa prática? Já pensou em adotar algumas estratégias de atenção plena no seu trabalho? Nos próximos textos comentaremos sobre outros aspectos práticos do Mindfulness.
Referências bibliográficas
1 Brief meditation training induces smoking reduction (2013), por Yi-Yuan Tang, Rongxiang Tang, e Michael I. Posner https://www.pnas.org/content/110/34/13971.short
2 Neural correlates of mindfulness meditation-related anxiety relief (2013), por Fadel Zeidan, Katherine T. Martucci, Robert A. Kraft, John G. McHaffie e Robert C. Coghill <https://academic.oup.com/scan/article/9/6/751/1664700>
3 Mindfulness Training Improves Working Memory Capacity and GRE Performance While Reducing Mind Wandering (2013), por Michael D. Mrazek et. Al. <https://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/0956797612459659>
4 Meditation programs for psychological stress and well-being: a systematic review and meta-analysis (2013), por Goyal M et. al. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24395196
5 Critical analysis of the efficacy of meditation therapies for acute and subacute phase treatment of depressive disorders: a systematic review (2015), por Jain FA et. al. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25591492
6 Reconstructing and deconstructing the self: cognitive mechanisms in meditation practice (2015), por Dahl CJ et. al. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26231761
7 The value of mindfulness meditation in the treatment of insomnia (2015), por Martires J. e Zeidler M. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26390335
8 Nurturing Mindfulness in Children and Youth: Current State of Research (2011), por Mark T. e Greenberg Alexis R. Harris https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1111/j.1750-8606.2011.00215.x
9 Mindfulness practice leads to increases in regional brain gray matter density (2010), por Britta K. Hölzel et. al. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3004979/
10 Meditation Programs for Psychological Stress and Well-being – A Systematic Review and Meta-analysis (2014), por Madhav Goyal et. al. https://jamanetwork.com/journals/jamainternalmedicine/fullarticle/1809754
11 Meditation experience is associated with differences in default mode network activity and connectivity (2011), por Judson A. Brewer et. al. https://www.pnas.org/content/108/50/20254.short